Reuniões e oficinas sobre adaptação à mudança do clima marcaram Recife na última semana

A reunião serviu como uma preliminar para debater e evidenciar as ações necessárias de adaptação à mudança climática

14 de ago de 2019

Oficina Regional da Zona Oeste, 7 de agosto de 2019

Como parte do projeto “Índice de risco e estratégia de adaptação à mudança do clima no Recife”, a Prefeitura do Recife realizou uma reunião do Grupo Executivo de Sustentabilidade e Mudanças Climáticas (GECLIMA). O projeto é realizado em parceria com o ICLEI América do Sul e South Pole, liderado pela WayCarbon e financiado pelo Banco de Desenvolvimento Latinoamericano – CAF. Os conselheiros do grupo, representantes da Emlurb, Sedec, URB, SEMOC, CTTU, SEPLAN/ICPS e SMAS e também representantes da APAC, do CPRH e da ARIES participaram do encontro.

 

A reunião serviu como uma preliminar para debater e evidenciar as ações necessárias de adaptação à mudança climática frente aos riscos mapeados na capital pernambucana. Técnicos da Prefeitura e os representantes mencionados comentaram as 22 medidas de adaptação identificadas após a análise de vantagens, oportunidades, fraquezas e ameaça. As medidas se enquadram em seis categorias de ameaça climática, sendo elas: inundações, ondas de calor, deslizamento, seca meteorológica, vetores de doenças e elevação dos níveis do mar. Cada categoria apresenta indicadores de intervenção que podem ser aplicados para resolver os problemas que ocorrem em cada situação.

 

A Gerente Geral de Sustentabilidade do Recife, Edna Menezes, destacou a relevância da iniciativa e da participação dos colaboradores no debate: “O papel da Secretaria como ponto focal do projeto, de autoria da Prefeitura do Recife, é trazer para a roda de discussões as informações do índice de vulnerabilidade e fomentar um debate sobre o que podemos fazer para propiciar a construção do plano de medidas. Já que praticamente toda área plana da cidade está em fator de vulnerabilidade climática, a participação conjunta dos técnicos é necessária para que possamos delinear as etapas que serão postas em prática”, comentou. Para garantir um trabalho de qualidade para a população, a gerente mencionou que a percepção dos moradores também está sendo considerada nos debates.

 

A partir de suas áreas de especialidades, os presentes contribuíram com informações que permitiram a troca de ideias visando a viabilidade das ações propostas pelo plano de medidas. Melina Amoni, Gerente de Adaptação e Riscos da WayCarbon, informou que uma das técnicas utilizadas na análise dos resultados do índice do Recife é que eles estão sendo referenciados por bairro, deixando-os mais específicos e precisos.

 

Durante a semana, ocorreram também rodadas de consultas por meio de oficinas com representantes das regiões político-administrativas do Recife, onde foram apresentadas as metodologias de priorização das medidas debatidas e discutidos os próximos passos para o processo de construção da Estratégia de Adaptação.

 

Além dos conselheiros do grupo, estavam presentes no encontro representantes da: Emlurb, Sedec, URB, SEMOC, CTTU, SEPLAN/ICPS, SMAS, APAC, CPRH e ARIES.