Jogos Olímpicos e Mudanças Climáticas: o recorde que não se pode quebrar

Às vésperas dos Jogos Olímpicos, iniciativa lançada pela sociedade civil contra mudanças climáticas busca apoio de atletas para pressionar lideranças globais

04 de ago de 2016

Reprodução

Às vésperas dos Jogos Olímpicos, iniciativa lançada pela sociedade civil contra mudanças climáticas busca apoio de atletas para pressionar lideranças globais e atrair a atenção sobre a importância de conter o aumento da temperatura média global em até 1,5°C.

 

Lançada em 29 de julho, a campanha 1,5°C: o recorde que não devemos quebrar é uma realização do Observatório do Clima, rede de mais de 30 organizações da qual o ICLEI faz parte, em conjunto com o Fórum de Países Vulneráveis ao Clima (CVF, sigla em inglês), o GIP – Gestão de Interesse Publico e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

 

A campanha – que já conta com o apoio do nadador Thiago Pereira, com a surfista Marina Werneck e atletas de países vulneráveis – chama a atenção para o impacto das mudanças climáticas na prática e difusão do esporte, devido ao crescimento de ocorrências como ondas de calor, alterações nos padrões das chuvas, secas e inundações que já estão desafiando terrenos e instalações esportivas no Brasil e no mundo. “As mudanças climáticas e os eventos climáticos extremos ameaçam a viabilidade dos esportes como são hoje praticados”, alerta a campanha. As ideias de união e espírito olímpico entre as nações para atingir o objetivo de controlar o aquecimento global serviram de inspiração para as peças de comunicação.

 

Aproveitando que os olhos do mundo inteiro estarão voltados para os Jogos Olímpicos, realizados no Rio de Janeiro, a campanha busca ampliar a conscientização e apoio para a meta de conter o aquecimento global abaixo de 2°C com relação ao período pré-industrial, e realizar grandes esforços que a temperatura não ultrapasse 1,5 °C, até o final do século. Essa meta foi estabelecida durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima em Paris (COP-21), em dezembro de 2015.

Para alcançar essa meta, é preciso acabar com as emissões líquidas de gases de efeito estufa até o final do século e, para isso, a campanha destaca algumas ações imediatas que podem ser adotadas, como eliminar o desmatamento e trocar combustíveis poluentes por energias limpas. O papel dos governos locais e a integração e colaboração entre as diversas esferas de poder é essencial nesse processo para acelerar o cumprimento desses objetivos.

 

Saiba mais sobre a campanha em: www.observatoriodoclima.eco.br/umpontocinco/ e participe divulgando seus conteúdos.

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