Às vésperas dos Jogos Olímpicos, iniciativa lançada pela sociedade civil contra mudanças climáticas busca apoio de atletas para pressionar lideranças globais e atrair a atenção sobre a importância de conter o aumento da temperatura média global em até 1,5°C.
Lançada em 29 de julho, a campanha 1,5°C: o recorde que não devemos quebrar é uma realização do Observatório do Clima, rede de mais de 30 organizações da qual o ICLEI faz parte, em conjunto com o Fórum de Países Vulneráveis ao Clima (CVF, sigla em inglês), o GIP – Gestão de Interesse Publico e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
A campanha – que já conta com o apoio do nadador Thiago Pereira, com a surfista Marina Werneck e atletas de países vulneráveis – chama a atenção para o impacto das mudanças climáticas na prática e difusão do esporte, devido ao crescimento de ocorrências como ondas de calor, alterações nos padrões das chuvas, secas e inundações que já estão desafiando terrenos e instalações esportivas no Brasil e no mundo. “As mudanças climáticas e os eventos climáticos extremos ameaçam a viabilidade dos esportes como são hoje praticados”, alerta a campanha. As ideias de união e espírito olímpico entre as nações para atingir o objetivo de controlar o aquecimento global serviram de inspiração para as peças de comunicação.
Aproveitando que os olhos do mundo inteiro estarão voltados para os Jogos Olímpicos, realizados no Rio de Janeiro, a campanha busca ampliar a conscientização e apoio para a meta de conter o aquecimento global abaixo de 2°C com relação ao período pré-industrial, e realizar grandes esforços que a temperatura não ultrapasse 1,5 °C, até o final do século. Essa meta foi estabelecida durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima em Paris (COP-21), em dezembro de 2015.
Para alcançar essa meta, é preciso acabar com as emissões líquidas de gases de efeito estufa até o final do século e, para isso, a campanha destaca algumas ações imediatas que podem ser adotadas, como eliminar o desmatamento e trocar combustíveis poluentes por energias limpas. O papel dos governos locais e a integração e colaboração entre as diversas esferas de poder é essencial nesse processo para acelerar o cumprimento desses objetivos.
Saiba mais sobre a campanha em: www.observatoriodoclima.eco.br/umpontocinco/ e participe divulgando seus conteúdos.