A rede WWF anunciou as finalistas do Desafio das Cidades da Hora do Planeta e entre as 44 concorrentes de 17 países, três são Capitais brasileiras. A Cidade do Rio de Janeiro, São Paulo, e a atual Capital Nacional do Desafio, Belo Horizonte, foram as selecionadas. A vencedora de cada país será anunciada durante o Congresso Mundial ICLEI 2015, que acontecerá em Seul, República da Coréia, entre os dias 8 e 12 de abril.
A iniciativa anual, realizada pelo WWF, em parceria com o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, tem como principal objetivo reconhecer as cidades que estão investindo no combate às mudanças climáticas através de iniciativas urbanas em todos os setores, de energia, transportes, gestão de resíduos e construções rumo a um desenvolvimento de baixo carbono e com 100% de energias renováveis.
A identificação dessas iniciativas é realizada através de uma relatoria realizada por cada Cidade através da plataforma global Registro Climático carbonn, gerenciada pelo próprio ICLEI, juntamente à C40 e CGLU.
No mês de abril, serão anunciadas as Capitais Nacionais da Hora do Planeta dos 17 países, selecionadas por um corpo de jurados internacional e que posteriormente concorrerão ao título de Capital Mundial da Hora do Planeta. Pessoas de todo o mundo também têm chance de participar da iniciativa através de uma votação popular no site do Desafio das Cidades (We Love Cities). Acesse para votar: http://www.welovecities.org
Veja abaixo os motivos da seleção das cidades por WWF Brasil:
Belo Horizonte
Atual capital nacional da Hora do Planeta, Belo Horizonte luta pelo bicampeonato. Inscrita na segunda edição brasileira do “Desafio das Cidades da Hora do Planeta”, organizado pela Rede WWF, BH chegou mais uma vez à final e concorre novamente com Rio de Janeiro e São Paulo pelo título de cidade com ações mais concretas rumo a uma economia de baixo carbono.
“Belo Horizonte é amplamente conhecida como a Capital Solar do Brasil, refletida pelo telhado solar no Mineirão, estádio da Copa do Mundo 2014, e pelo Projeto de Lei que exige aquecimento da água por meio da energia solar para todas as novas construções. Além disso, a cidade gera energia a partir de resíduos dos aterros e das águas residuais. Mostra forte participação popular por meio de seu abrangente programa de certificação sustentável, que premia o público e agentes privados que promovem edificações sustentáveis”, diz o relatório da consultoria, em sua avaliação de Belo Horizonte.
Rio de Janeiro
Ao completar 450 anos em 2015, o Rio é finalista do Desafio das Cidades – pela segunda vez consecutiva. “O município tem mostrado uma forte liderança climática, reunindo os principais atores climáticos do estado para a formulação de proposições e soluções sustentáveis. A cidade trabalha estrategicamente com a formulação de ações que têm impacto direto em áreas-chave no seu inventário de emissões de gases de efeito estufa. Para contornar suas altas emissões no setor de transporte, realiza ações como a expansão do metrô, BRS e da malha cicloviária. Ao fazer isso, a cidade dá passos importantes para a redução da poluição do ar e melhoria da qualidade de vida da população”, disse a consultoria em sua justificativa dos finalistas.
O Rio é primeira cidade da América do Sul a ter um Inventário de Emissões dentro dos novos padrões internacionais estabelecidos pelo Global Protocol for Community-Scale GHG Emissions (GPC). E tem metas de redução de emissão de 16% para 2016 e de 20% para 2020, tendo como ano-base 2005.
São Paulo
São Paulo é pioneira no país quando o assunto é economia de baixo carbono. Primeira cidade brasileira a adotar uma Política sobre Mudança do Clima, em 2009, atualiza seu inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) a cada cinco anos. Publicado em 2014, a última versão avaliou o período de 2003 e 2009, com uma ampliação para 2010 e 2011 nos setores de Energia e Resíduos. Ao lado de sua política de transporte, com corredores exclusivos para ônibus e aumento da malha cicloviária, foi eleita por uma consultoria especializada uma das três finalistas do Desafio das Cidades da Hora do Planeta 2014/2015 no Brasil.
Com um forte compromisso de aumentar a participação de combustíveis renováveis na frota municipal, São Paulo apresenta significativa determinação para reduzir a poluição no setor de transporte. A cidade aumentou seu uso de etanol e ônibus híbridos. E há um esforço em favor do uso de energia renovável por meio da geração de biogás a partir de resíduos dos aterros e impondo uma regulação que assegure o aquecimento da água em novas edificações através de energia solar.