Nesta terça-feira (13), a Prefeitura de Porto Velho anunciou sua adesão ao ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, principal rede internacional que reúne prefeituras e governos regionais na atuação pela agenda do desenvolvimento urbano sustentável. Desta forma, Porto Velho passa a estar conectada a um movimento que congrega mais de 70 governos na América do Sul e mais de 1.500 mundialmente, que trabalham para integrar o seu desenvolvimento local com as premissas de sustentabilidade e usufruir dos benefícios de capacitação técnica, construção de capacidades, representação política e visibilidade internacional para as iniciativas da cidade.
O anúncio foi feito pelo Subsecretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Robson Damasceno, em nome do prefeito Hildon Chaves, e pelo Secretário-Executivo do ICLEI América do Sul, Rodrigo Perpétuo, durante a abertura oficial do I Fórum de Cidades Quentes, promovido pela Prefeitura de Porto Velho, em parceria com o Fórum de Secretários Municipais de Meio Ambiente das Capitais Brasileiras – CB27, Fundação Konrad Adenauer e o ICLEI América do Sul.
O evento é realizado nos dias 13 e 14 de novembro e tem como objetivo debater sobre os fenômenos causados pelo aumento das temperaturas e os impactos nas cidades brasileiras. Fruto dos debates do último Encontro Nacional do Fórum CB27, realizado em Teresina, o Fórum explora como as cidades brasileiras podem desenvolver medidas de enfrentamento aos efeitos das ilhas e ondas de calor em suas políticas e planejamentos de desenvolvimento urbano e uso do solo, e contará com a participação de representantes de 10 capitais brasileiras (Porto Velho, Palmas, Teresina, Recife, São Luís, Belo Horizonte, Cuiabá e Manau) e instituições como Cemaden, FGVces, ONU-Habitat Brasil, Go Green Amazon, Cemaden e outras.
“Porto Velho é considerada uma cidade de altas temperaturas ao longo de todo o ano e já há a percepção que a situação está piorando, então é muito relevante realizarmos o I Fórum de Cidades Quentes aqui, para identificar soluções que nos permitam melhorar a qualidade de vida nas cidades”, destacou Marina Caetano, coordenadora de projetos da Fundação Konrad Adenauer, instituição parceira do Fórum CB27 desde seu início. “A adesão ao ICLEI coloca Porto Velho no radar internacional da agenda climática e gera possibilidades de trocas com outras cidades a nível nacional e internacional, e ter um destaque na região Amazônica ao aproveitar sua participação na Rede”, complementou.
Para Robson Damasceno, subsecretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Porto Velho, ao entrar para a Rede ICLEI a cidade quer se posicionar como uma referência para a Região Amazônica. “Nossa região ainda vive situações vergonhosas ligadas ao desmatamento e as queimadas, causando impacto a nossa busca pela sustentabilidade. Discutir clima nesse momento é de suma importância para Porto Velho, e nosso desejo é que possamos ser referência para todos os municípios da região Norte primordialmente, que possamos alçar voos significativos contra as mudanças climáticas”, destacou o secretário na solenidade de abertura. “Estamos em um momento ímpar na cidade, desenvolvendo o Plano Diretor, e queremos que ele seja um planejamento verdadeiramente sustentável para os próximos 10 anos, porque, senão, não vamos conseguir minimizar as mazelas causadas pelas mudanças climáticas” completou, destacando que a participação no ICLEI poderá apoiar esse processo em Porto Velho.
Rodrigo Perpétuo, Secretário-Executivo do ICLEI América do Sul, comemorou a entrada da cidade para a Rede, e identificou oportunidades para contribuir com o desenvolvimento local tendo a sustentabilidade como eixo transversal. “Nós esperamos ter uma presença mais constante, levar Porto Velho e seus representantes aos eventos da rede ICLEI de forma que a gente possa enriquecer as políticas de desenvolvimento sustentável da capital de Rondônia e também promover maior conhecimento na região, país, e até internacionalmente do que se faz aqui na capital”, disse.
Ao se associar ao ICLEI, os governos beneficiam-se de uma série de oportunidades de treinamentos, participação em projetos internacionais, espaços em fóruns nacionais e internacionais relacionados à sustentabilidade e conhecimentos especializados promovidos pela organização. O trabalho em rede permite ainda que os governos locais se conectem e troquem experiências sobre políticas públicas para o desenvolvimento sustentável e ampliem seu reconhecimento nessa agenda. Com a nova adesão, o ICLEI América do Sul reúne mais de 70 associados, em 8 países no continente, e impacta mais de 106 milhões de pessoas na Região.