ESG: a sustentabilidade no centro das políticas públicas

Com a participação de Rodrigo Perpétuo, Estadão Summit ESG aprofundou discussão teórica e prática sobre os critérios de governança ambiental

18 de jun de 2021

Crédito: SKT Insight

Os critérios ESG – sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa – foram o tema central do Estadão Summit ESG, evento que reuniu líderes empresariais, acadêmicos e representantes do terceiro setor para aprofundar a discussão teórica e prática sobre o conceito, além de analisar o atual cenário do desenvolvimento no Brasil e propor soluções concretas para a realidade do país.

 

Em um contexto no qual cidadãos, investidores e consumidores estão exigindo cada vez mais comprometimento ambiental, social e de governança tanto do setor público como do privado, os governos e as empresas precisam prestar contas das suas responsabilidades de forma precisa e transparente.

 

O secretário executivo do ICLEI América do Sul, Rodrigo Perpétuo, foi convidado para o painel “Diversidade, Transparência e Eficiência”, realizado nesta quinta (17 de junho). Nele, Perpétuo apresentou acordos internacionais estabelecidos na última década, como as Metas de Aichi, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris, reforçando o entendimento de que eles estabelecem um novo marco ético de ação não somente ao poder público, mas também ao setor privado e à sociedade civil.

 

Para ter uma boa governança é preciso ter apropriação política da sustentabilidade. No caso dos governos, a sustentabilidade deve ocupar um papel central no processo de formulação de políticas públicas”, defendeu Perpétuo. Como base para a elaboração de políticas públicas, um governo necessita de dados científicos e informações fidedignas sobre o seu território e população. “Esses dados precisam ser disponibilizados para a sociedade civil organizada, que deve se apropriar dessa informação para participar do processo de formulação de políticas públicas e estabelecer as práticas ESG enquanto política”, completou.

 

 

O termo ESG foi usado pela primeira vez em 2004, em um informativo do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial. Foi apenas em 2020, no entanto, que o conceito se popularizou, após a União Europeia publicar uma diretiva incentivando a adoção dessas políticas para os países do seu grupo. 

 

Já a BlackRock, maior gestora de fundos globais, divulgou que todos os seus portfólios ativos e estratégias de consultoria estariam integradas a critérios ESG até o fim de 2020. A empresa acredita que há uma ligação direta entre o desempenho de uma empresa a longo prazo e o quanto ela incorporou em sua estrutura fatores ambientais, sociais e de governança, apostando que cada vez mais investidores buscam integrar informações e dados de sustentabilidade em seus processos tradicionais de investimento. Clique aqui para ler a política de integração ESG da BlackRock (em inglês), atualizada em maio de 2021.

 

O painel contou ainda com a presença da diretoria da Global Reporting Initiative (GRI) no Brasil, Glaucia Terro, do vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Vivo, Renato Gasparetto, e da economista e consultora independente para Diversidade e Inclusão, Dulcejane Vaz.

Confira o evento na íntegra aqui: