Começou esta semana e vai até o dia 19 de junho a campanha We Love Cities (Nós Amamos as Cidades). Trata-se de uma votação popular para reconhecer entre as três finalistas de cada país participante do Desafio das Cidades aquela com melhores exemplos e ações rumo a uma economia de baixo carbono. Ao todo, 45 cidades de 20 países demonstraram, no ciclo 2015/2016 da campanha, atividades de transição para um futuro sustentável. No Brasil, as cidades concorrentes são Belo Horizonte, Recife e Rio de Janeiro, que venceram outros sete municípios na primeira fase do Desafio.
Um júri especializado é responsável por indicar a Capital Nacional de cada uma das 20 nações representadas no concurso, além de reconhecer a Capital Global da Hora do Planeta, o que acontecerá durante uma cerimônia em Quito, no Equador, no mês de outubro.
Além de votar na cidade que melhor representa seus próprios anseios de um futuro com clima mais ameno para o planeta, a população também pode deixar seus comentários e sugestões de novos planos e metas sustentáveis para as prefeituras na plataforma Nós Amamos as Cidades. Durante a campanha de 2014/2015, foram mais de 11 mil dicas e propostas, algumas bem elaboradas.
Basicamente, o site e as mídias sociais da campanha Nós Amamos as Cidades querem inspirar e aumentar o conhecimento sobre o progresso sustentável atingido por algumas cidades no Brasil e no mundo, além de celebrar, votar e sensibilizar as prefeituras com sugestões. Também é objetivo do esquema de comunicação da campanha premiar as comunidades e estreitar sua relação com o poder público. O recado é o de que todos são vencedores ao atingir resultados positivos nas políticas voltadas à redução das emissões de carbono, destinação final de resíduos sólidos, energia, entre outras.
A cidade com o maior número de interações baseado no tamanho da população vence a campanha. Entre as possíveis interações, estão tweetes, instagram e facebook com a hashtag de cada candidata, o voto na plataforma Nós Amamos as Cidades e o envio de sugestões às prefeituras.
Cidadania
Para o CEO do WWF-Brasil, Carlos Nomoto, o Desafio parte da premissa de que a política não é feita só pelo governo. “Os cidadãos devem direcionar seus governantes, dando força às agendas de combate às mudanças climáticas e outras agendas ambientais e sociais, igualmente importantes”. Segundo ele, o voto popular é uma forma de diálogo, e é por meio dele que podemos, todos nós, reafirmar nosso desejo por uma economia cada vez mais verde e de baixo carbono”, disse ele.
Para Pedro Roberto Jacobi, Presidente do Secretariado para América do Sul do ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, a mudança do clima é reconhecida como a questão mais urgente a ser enfrentada em nosso século. Segundo ele, a sociedade civil tem papel essencial para fazer avançar a transformação de nossos modelos de desenvolvimento.
“As políticas de enfrentamento às mudanças climáticas no âmbito local podem gerar importantes benefícios à qualidade de vida dos cidadãos e devem potencializar demandas sociais por transporte público de qualidade, cidades mais limpas e saudáveis”, afirmou.
Visite o site: www.welovecities.org/pt/