Na manhã desta quinta-feira (26/09) ocorreu a entrega do relatório final do Plano de Ação Climática de Porto Alegre (PLAC POA), realizado em consórcio pelo ICLEI, WayCarbon, Ludovino Lopes Advogados e a Ecofinance, além do Banco Mundial, utilizando recursos da City Climate Finance Gap Fund. O evento relatou o processo de construção do PLAC e as 30 ações emergenciais mapeadas para a cidade de Porto Alegre. O recém-aberto Centro de Monitoramento e Contingência Climática da cidade foi escolhido para receber o momento, que contou com a presença de representantes das organizações envolvidas, da Prefeitura de Porto Alegre, como o secretário Germano Bremm, e da sociedade civil.
O Plano de Ação Climática (PLAC) teve início em junho de 2023 e se desenvolveu em três etapas principais:
- Engajamento e mobilização, que incluiu um workshop de capacitação;
- Diagnóstico, com a Análise de Risco e Vulnerabilidades Climáticas e a Pegada Hídrica;
- Plano de Ação Climática, incluindo levantamento de instrumentos existentes, priorização e detalhamento de ações, o próprio Plano de Ação Climática, lançado no evento, e a última etapa será a entrega do sumário executivo e do Projeto de Lei, uma minuta de normativa climática.
Um dos destaques do momento de apresentação do relatório final do PLAC POA foi a explicação sobre as 30 ações prioritárias, que fazem parte dos eixos estratégicos de ação do plano, e que estão em desenvolvimento. Foram mapeadas diversas atividades necessárias, o que precisou de um trabalho de priorização e foco que concluiu nas 30 atividades para a cidade de Porto Alegre, que foram divididas em três categorias: POA Baixo Carbono (ações de transporte, energia e resíduos); POA Resiliente (ações de preparação, educação, resposta, monitoramento e prevenção de desastres) e POA Verde e azul (ações de drenagem, recursos hídricos, água e esgoto, áreas verdes e preservação.
“Esse é o plano que vai nortear a visão de futuro da cidade, as medidas estruturantes, e vai permitir o exercício da transversalidade e também do diálogo de Porto Alegre com o mundo, pois não somente as cidades brasileiras estão interessadas no que estamos fazendo aqui”, destacou Rodrigo Perpétuo, Secretário Executivo do ICLEI América do Sul. Ele também aproveitou a oportunidade para apontar as demais ações que estão sendo elaboradas entre o ICLEI e a cidade de Porto Alegre, como a terceira rodada do programa de aceleração de startups e pequenos negócios ICLEI Innovation, com inscrições abertas até o dia 30 de setembro, e o Plano de Preparação e Mitigação de Desastres Climáticos, a primeira metodologia desenvolvida pelo ICLEI América do Sul para apoiar cidades na construção de resiliência frente às mudanças climáticas.
Visita à cidade de Canoas (RS)
O ICLEI também participou de uma agenda em Canoas, cidade associada que já contratou diferentes serviços como Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa, Análise de Riscos e Vulnerabilidades Climáticas e Diagnóstico de Serviços Ecossistêmicos. Além disso, Canoas também participou do Programa de Certificação de Escolas Sustentáveis, uma iniciativa que inspira e reconhece práticas sustentáveis nas escolas, atestando boas práticas e inovações em sustentabilidade em quatro níveis de complexidade. Durante a visita, ocorreu uma reunião com o Comitê de Mudança Climática de Canoas para discutir sobre os caminhos rumo à resiliência da cidade, com o objetivo de apoiar o movimento de apoio à recuperação de Canoas após o desastre causado pelas enchentes neste ano.