As boas práticas dos municípios na conservação da natureza será um dos assuntos que o IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC) debaterá de terça (31) a quinta-feira (2), em Florianópolis (SC). Realizado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza desde 1997, o congresso é um dos principais eventos sobre conservação da natureza na América Latina.
Áreas protegidas locais e outras medidas de conservação são mecanismos eficientes para a conservação da natureza e geram diversos benefícios para a população por meio de serviços ambientais. Esses evitam ou diminuem acidentes naturais ocasionados por enchentes e desabamentos, melhoram a qualidade do ar que se respira, da água que se bebe e do solo, também promovem atividades recreativas, turismo e geram emprego e renda para as pessoas.
“Os governos municipais devem ser reconhecidos em seus esforços para a conservação da natureza”, diz Jens Brüggemann, diretor do projeto Áreas Protegidas Locais pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.
O projeto é implementado no Brasil, Colômbia, Equador e Peru por GIZ, ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade e União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
“Quando promovem a conservação da natureza, os governos locais se transformam em agentes que viabilizam o desenvolvimento econômico com preservação ambiental”, destaca Rodrigo Perpétuo, Secretário-Executivo do ICLEI América do Sul.
No Brasil, Colômbia, Equador e Peru, que estão entre os 10 países mais biodiversos, os municípios estão cada vez mais interessados em proteger a diversidade da vida natural. Ainda assim, são poucos os municípios com unidades de conservação municipais. No Brasil, somente 149 dos 5570 municípios brasileiros tinham unidades de conservação municipais catalogadas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) no final de 2017.
“As unidades de conservação municipais e outras medidas de conservação baseadas em áreas são uma oportunidade de engajamento da sociedade na proteção dos recursos naturais em todos os biomas brasileiros”, afirma Marcos Tito, oficial sênior da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
Parte da Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima (IKI, sigla em alemão) do Ministério Federal do Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear (BMU, sigla em alemão), o projeto Áreas Protegidas Locais tem como objetivo aumentar o número de governos municipais nos quatro países sul-americanos que administram de maneira efetiva e equitativa áreas protegidas e outras medidas de conservação. A iniciativa regional atua junto ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) no Brasil, Ministério do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (MinAmbiente) da Colômbia, Ministério do Ambiente (MAE) do Equador e Ministério do Ambiente (MINAM) do Peru.
Mais informações: https://goo.gl/vTQmv5
AGENDE-SE
Durante o CBUC, o projeto regional promoverá eventos de diálogo sobre a gestão de áreas protegidas municipais com a participação de representantes de municípios do Brasil, Colômbia, Equador e Peru e lançará dois guias de boas práticas da UICN traduzidos para o português, Áreas Protegidas Urbanas e Governança de Áreas Protegidas.
Experiências Exitosas na Gestão de Áreas Protegidas e Outras Medidas de Conservação em Nível dos Governos Locais
Arena Haroldo Palo Jr.
31 de julho, às 13h30
Fortalecendo a Governança de Áreas Protegidas e Outras Medidas de Conservação em Nível Local
Espaço SNUC
1 de agosto, às 17h
Local: Centro de Convenções CENTRO SUL, Florianópolis (SC)
Contato para entrevistas:
Kenneth Huari | ICLEI América do Sul | (11) 50843079 | kenneth.huari@iclei.org