Dez cidades brasileiras. Este é o número de candidatas que concorrem ao posto de Capital Nacional da Hora do Planeta no Desafio das Cidades 2014/2015, uma iniciativa do WWF-Brasil em parceria com o ICLEI. Na fase posterior, as três cidades finalistas irão concorrer a Capital Global. São duas a mais do que no último ano. Seus representantes inscreveram as ações sustentáveis dos municípios no Registro Climático carbonn, plataforma global gerenciada pelo ICLEI e referendada por especialistas.
Os participantes da segunda edição do Desafio são: Belo Horizonte e Betim (MG), Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).
As cidades deveriam reportar o desenvolvimento de iniciativas urbanas nos setores de energia, transportes, gestão de resíduos e construções para a transição a uma economia de baixo carbono e com 100% de energias renováveis nas próximas décadas. Serão avaliadas as soluções energéticas inovadoras e planos de mitigação das mudanças climáticas.
“Esta iniciativa visa reconhecer os esforços das cidades na busca por se tornarem espaços mais verdes, com vidas mais saudáveis e equilibradas com o meio ambiente”, disse o especialista em Políticas Públicas do WWF-Brasil, Michel Santos. O especialista contou também que as ações empreendidas pelas cidades podem minimizar o impacto que as mudanças climáticas podem causar no planeta. “As ações e planos concretos de redução das emissões de gases de efeito estufa podem garantir que o planeta sofra o mínimo de impacto, uma vez que, só na América Latina, estima-se que 80% das pessoas vivam nas cidades”, afirmou.
Santos contou também que os grandes centros urbanos são responsáveis por 70% das emissões de CO2 no planeta. “Com este projeto, mostramos que a Hora do Planeta é um símbolo para ações que devem se perpetuar ao longo do ano e em projetos de longo prazo”, explicou.
Edição 2014
Ao todo, 18 países vão participar do Desafio em 2014. Novamente um júri internacional de especialistas com importantes trabalhos sobre clima avaliará a relatoria de ações de cada cidade, e o quanto elas contribuem para levar o ambiente urbano a ser mais limpo e garantir melhor qualidade de vida para a população. Ao final do processo, 18 capitais nacionais da Hora do Planeta serão eleitas e vão concorrer ao posto de Capital Mundial na Cidade do Cabo, África do Sul, detentora do título atualmente.
“Ao colocar as cidades como protagonistas na transição rumo ao desenvolvimento resiliente e de baixo carbono, abrimos caminho também para inúmeros co-benefícios relacionados à melhora de serviços públicos, ativação de uma nova economia verde com geração de empregos e qualidade de vida da população. Usar este desafio como uma plataforma para dar visibilidade às cidades pioneiras e para promover a capacitação e intercâmbio de experiências com novas cidades interessadas a cada ano nos permite contribuir para que essa agenda avance no Brasil”, completou Jussara Carvalho, secretária executiva do ICLEI para a América do Sul.
Edição Anterior
Na edição do ano passado, 163 cidades de 14 países reportaram seus compromissos para enfrentar as mudanças climáticas. No Brasil, Belo Horizonte foi escolhida pelo júri internacional como capital nacional por uma estratégia de baixo carbono integrada e construída por meio de ações concretas.
Fonte: WWF Brasil