Belo Horizonte é eleita a Capital Nacional da Hora do Planeta no Brasil

Belo Horizonte tem motivos para comemorar: foi eleita por um júri internacional a Capital Brasileira da Hora do Planeta

24 de mar de 2014

Divino Advincula

Belo Horizonte tem motivos para comemorar: foi eleita por um júri internacional a Capital Brasileira da Hora do Planeta, evento organizado todos os anos pelo WWF em diversos de países para conscientizar a sociedade em relação a suas consequências para o aquecimento global. O título foi concedido no âmbito da iniciativa “Hora do Planeta: Desafio das Cidades”, realizada em parceria com o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, que, em seu terceiro ano, elegeu capitais de 14 países no trabalho rumo ao desenvolvimento sustentável.

 

 

A capital de Minas Gerais concorreu em âmbito nacional com Rio de Janeiro e São Paulo, os outros dois finalistas do Brasil – que integrou pela primeira vez o Desafio das Cidades. Porto Alegre (RS), Manaus (AM), Fortaleza (CE), Betim (MG) e Sorocaba (SP) também participaram. Iniciativas das oito cidades foram reportadas pelos governos locais na plataforma de Registro Climático de Cidades carbonn, reconhecida internacionalmente e administrada pelo ICLEI. Foram expostos dados relevantes sobre emissões de GEE, planos e ações em andamento para a transição a um clima mais equilibrado e um futuro possível para o planeta.

 

 

De acordo com o parecer técnico do júri internacional, composto por especialistas, Belo Horizonte “apresenta uma estratégia de baixo carbono integrada, guiada por uma visão forte e construída através de ações concretas”. Entre os exemplos citados para a vitória da capital mineira estão a Usina Solar Fotovoltaica instalada na cobertura do Mineirão, um dos estádios da Copa do Mundo Fifa 2014, e o fato da energia solar térmica ter se desenvolvido de forma adequada na cidade. Belo Horizonte é considerada referência na aplicação do coletor solar para aquecimento de água e em números de edificações multifamiliares existentes com a aplicação da tecnologia – são atualmente, aproximadamente, 3.000 edifícios residenciais.

 

 

Outro ponto destacado é o Programa de Eficiência Energética da CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais), no qual uma parte do lucro da empresa é destinada para pesquisa e desenvolvimento. Para finalizar, os julgadores afirmam que a cidade “demonstra grande liderança local em ações climáticas dentro de uma economia emergente”.

 

 

Foi a primeira vez que o Brasil participou da disputa. Em busca de  práticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, o Desafio das Cidades avaliou os investimentos na reestruturação das matrizes energéticas para fontes limpas. “Com o Desafio das Cidades vamos além da Hora do Planeta, com o objetivo de estimular a criação e disseminação de melhores práticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas por meio de planos ambiciosos, inspiradores e factíveis para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono”, afirma a secretária-geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito.

 

 

“É essencial que as cidades encarem o desafio imposto pelas mudanças climáticas, mas também aproveitem a oportunidade para se tornarem cidades inovadoras e inteligentes, adotando padrões de desenvolvimento urbano de baixo carbono. A primeira edição do Desafio no Brasil nos mostra que há excelentes exemplos de cidades desempenhando papel de liderança, medindo suas emissões e construindo planos abrangentes para enfrentar as mudanças climáticas, ao tornarem públicas suas informações e ações por meio do Registro Climático de Cidades Carbonn (cCCR), inspiram seus pares a seguir o mesmo caminho”, comenta Florence Laloe, Secretária Executiva do ICLEI – Secretariado para América do Sul.

 

 

 

Fonte: WWF Brasil