INTERACT-Bio

 

Diante da intensa urbanização experimentada nas últimas décadas, a concentração demográfica nas principais áreas metropolitanas impõe o desafio de repensar a forma de estruturar cidades, levando também em consideração suas relações com o meio ambiente.

 

A metropolização gerou degradação ambiental, o surgimento de diversos conflitos urbanos e a perda de serviços ecossistêmicos fundamentais para a manutenção da vida em sociedade. Visando estimular um crescimento mais equilibrado, o projeto INTERACT-Bio propõe melhorar o uso e gestão da natureza em cidades que experimentam rápido crescimento e em suas regiões vizinhas.

 

O projeto proporciona a criação de soluções para um caminho de desenvolvimento resiliente e mais sustentável, que englobem esforços dos governos subnacionais que podem incluir em seus territórios medidas como: planejamento territorial; boa gestão do uso e ocupação do solo; desenvolvimento da economia local; implementação de projetos de infraestrutura e maior conscientização sobre o valor da natureza no contexto urbano.

 

No Brasil, as regiões metropolitanas participantes são Belo Horizonte, Campinas e Londrina. Além disso, países como Índia e Tanzânia também são parte do projeto, que visa incorporar aspectos da biodiversidade nos instrumentos de planejamento, a fim de promover um desenvolvimento mais equilibrado junto às comunidades urbanas.

OBJETIVO

Fornecer Soluções baseadas na Natureza (SbN) e mostrar seus benefícios a longo prazo como opções economicamente sólidas e sustentáveis às comunidades urbanas em expansão no Hemisfério Sul, por meio da incorporação de aspectos da biodiversidade nos mecanismos de planejamento do desenvolvimento.

DESTAQUES

Trama Verde-Azul e o Valor da Natureza em Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, através da implementação da Trama Verde-Azul, a região visa conectar áreas de conservação existentes a regiões próximas com potencial de regeneração por meio de práticas agroecológicas, sistemas agroflorestais e jardins de chuva. Isso será feito durante o envolvimento com as comunidades locais no processo de reconstrução ambiental, objetivo que foi endossado pelo mapa do Serviço de Ecossistemas desenvolvido como parte das atividades da INTERACT-Bio no território. Essa avaliação forneceu aos tomadores de decisão uma ferramenta clara e acessível para impulsionar o planejamento urbano e garantir a integração da natureza como parte da cidade.

Área de Conectividade e o Valor da Natureza em Campinas

A Região Metropolitana de Campinas identificou a necessidade de conectar áreas relevantes do ponto de vista ecológico como um desafio prioritário. Elaborado em processo participativo com os 23 municípios que fazem parte da Região Metropolitana, o INTERACT-Bio e o RECONECTA-RMC identificaram regiões de prestação de Serviços Ecossistêmicos fundamentais, bem como as principais pressões - como atividade industrial e urbanização. A fauna e a flora típicas da região também foram avaliadas e a Área de Conectividade foi proposta como um guia do planejamento municipal e uma estratégia de sustentação para garantir a integração da natureza ao planejamento urbano.

Água Urbana e o Valor da Natureza em Londrina

Na região metropolitana de Londrina, o foco está no combate a eventos extremos relacionados à água, uma vez que a região apresenta um grande potencial hídrico e tem enfrentado desastres ambientais recorrentes relacionados a enchentes no fundo do vale. Portanto, o objetivo do mapa foi identificar áreas estratégicas de prestação de Serviços Ecossistêmicos, apoiar e promover a conectividade de fragmentos florestais, mapear pontos críticos de drenagem e recuperar áreas degradadas por meio da adoção de Soluções Baseadas na Natureza, como a revitalização de matas ciliares, a implementação de parques lineares, a ampliação de áreas de conservação e outras infraestruturas urbanas verdes.

GALERIA DE FOTOS E VÍDEOS

Parceiros

O projeto é financiado pelo Ministério Federal Alemão do Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear (BMU) através da Iniciativa Internacional para Proteção do Clima (IKI) e é implementado por ICLEI Cities Biodiversity Center e Helmholtz Center for Environmental Research (UFZ).