Na manhã desta segunda-feira (25), a Prefeitura de Ouro Preto assinou o termo de formalização dos trabalhos que visam planejar o município diante dos desafios climáticos. A cerimônia apresentou os projetos que serão desenvolvidos em Ouro Preto, em parceria com o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, para atenuar os efeitos da mudança climática. O evento contou com a presença da deputada Duda Salabert (PDT), que viabilizou esse plano com a destinação de R$ 250 mil, via emenda, recurso que possibilitou a contratação do ICLEI para elaborar o Plano Local de Ação Climática (PLAC).
A mesa de autoridades foi composta pelo prefeito Angelo Oswaldo (PV), o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Chiquinho de Assis, a deputada federal Duda Salabert (PDT), o vereador Wanderley Kuruzu (PT) e o representante do ICLEI Rodrigo Perpétuo, secretário executivo.
Tanto Rodrigo, quanto Chiquinho e Duda destacaram em seus discursos que Ouro Preto segue sua tradição de vanguarda ao aderir ao PLAC. Isso porque os governos que optaram por assumir esse compromisso são, em geral, de grandes metrópoles, sendo a cidade patrimônio uma das primeiras de seu porte a planejar o futuro levando em conta a emergência climática.
Segundo Rodrigo Perpétuo, o PLAC alinha Ouro Preto ao Acordo de Paris, comprometendo-se com a neutralidade de carbono até 2050. O plano incluirá um diagnóstico dos riscos climáticos locais, estratégias para evitar desastres como deslizamentos e inundações, e políticas de preservação ambiental.
“Essa conformidade climática nada mais é do que a resposta do município de Ouro Preto ao acordo de Paris, que significa o compromisso de redução de emissões até a neutralidade de carbono em 2050. Isso implica em uma avaliação dos riscos e das tipologias de eventos extremos, além dos riscos aos quais a população está sujeita”, afirmou Perpétuo.
Mudanças percebidas e ações urgentes
O momento da assinatura do termo de contratação do ICLEI. [Foto: Igor Varejano]
Chiquinho de Assis reforçou a necessidade de agir diante das emergências climáticas já sentidas no município. “Essas mudanças nos afetam diretamente, como os deslizamentos e alagamentos que ocorrem em regiões como Amarantina e Santa Rita de Ouro Preto. Esse plano é uma resposta transversal, envolvendo diversas secretarias e setores”, explicou o secretário, enfatizando que plano será fundamental para definir os próximos passos da política ambiental do município.
Duda Salabert enfatizou o impacto do projeto no cenário global e local. “Além de adaptar Ouro Preto para a crise climática, esse plano coloca a cidade no debate internacional. Com ele, Ouro Preto poderá acessar recursos globais para fortalecer suas políticas climáticas. Estamos mostrando para Minas Gerais e para o Mundo que cidades podem e devem ser protagonistas no enfrentamento à crise climárica”, destacou.
Compromisso com o futuro
O prefeito Angelo Oswaldo destacou a importância histórica e simbólica de Ouro Preto nesse movimento. “Desde as chuvas de 1940, que levaram os poetas Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira a falar que precisavam salvar Ouro Preto, sabemos que essas transformações mudaram o clima da cidade.ortanto, precisamos estar preparados, conscientizar a população e adotar atitudes positivas e proativas no âmbito do município, em articulação com as demais instituições e empresas que atuam em nosso território”, afirmou o prefeito, que nomeou Duda Salabert como “madrinha do meio ambiente” de Ouro Preto.