Considerando sua missão de multiplicar o conhecimento na temática e sua experiência na criação e gestão de sub-redes de governos subnacionais, o ICLEI América do Sul lançou a sub-rede temática de Áreas Protegidas Locais. A iniciativa está aberta a governos subnacionais engajados e/ou interessados na temática de biodiversidade, com foco em áreas protegidas locais e outras medidas de conservação, e visa fornecer ferramentas que qualifiquem a gestão de áreas protegidas.
Idealizada no contexto do projeto regional Áreas Protegidas e outras medidas de conservação baseadas em áreas a nível dos governos locais, implementado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH em parceria com o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade e a União Internacional pela Conservação da Natureza (UICN), a sub-rede tem o intuito de trazer continuidade às conexões e aprendizados gerados durante os quatro anos de projeto, multiplicando os aprendizados em conservação e preservação da biodiversidade.
“Cooperar é uma decisão política intencional que implica em trabalho. O ICLEI, ao colocar na mesa uma metodologia para estimular uma cooperação mais bem recortada, está pensando nas três fases da cooperação: na preparação, nos momentos de troca em si e no monitoramento dos resultados”, afirma Rodrigo Perpétuo, secretário executivo do ICLEI América do Sul.
No dia 31 de agosto, a sub-rede temática de Área Protegidas Locais teve como uma de suas primeiras atividades um webinar da Metodologia de Cooperação entre Governos Locais, que teve como objetivo fortalecer a sub-rede temática e reforçar a importância das áreas protegidas locais e outras medidas de conservação no contexto atual, além de fomentar o compartilhamento de boas práticas entre os governos acerca da Metodologia de Cooperação entre Governos Locais.
Para Álvaro Vallejo, diretor da UICN América do Sul, as áreas protegidas locais são ponto de contato importante para a conservação da biodiversidade, sociedade e governantes. “Em um mundo cada vez mais globalizado e urbano, é muito importante manter a conexão da sociedade urbana e dos ecossistemas naturais”, declara.
“Nós da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ) entendemos que as contribuições dos governos locais para a conservação da biodiversidade são muito importantes e de relevância internacional. A articulação de governos subnacionais com nacionais é um caminho muito positivo para intensificar esforços para o cumprimento das Metas de Aichi”, destaca María Olatz, diretora do projeto Áreas Protegidas Locais.
“Ter um meio ambiente saudável é uma obrigação constitucional que é do poder público, e portanto do executivo, legislativo e até judiciário nos três níveis, e também do coletivo. É nosso direito, mas nosso dever também, cuidar do bem estar através da conservação da natureza”, explica Cláudio Maretti, vice-presidente da Comissão Mundial de Áreas Protegidas da UICN.
O encontro contou também com a participação de representantes das cidades de São Leopoldo (RS) e João Pessoa (PB), participantes do Ciclo de Cooperação.
“Foi uma experiência muito interessante e crescemos muito nesse processo. A troca de experiências com João Pessoa foi muito válida. Todo o mecanismo de matrizes escolhido foi muito construtivo. A caminhada conjunta nos ensinou muito”, comenta Joel Dias, diretor de planejamento e gestão ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Leopoldo.
Para Arturo Dias, chefe da divisão de Unidades de Conservação e parques da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de João Pessoa: “Ao falarmos de áreas protegidas existem similaridades e diferenças de cada cidade com seus aspectos locais. Conhecer o que São Leopoldo realizou nos fez pensar além e diferenciou no nosso planejamento e ações”, declarou.