Cidades Emblemáticas: ciclo de capacitação em financiamento climático chega ao fim no Brasil e se inicia para cidades da Argentina, Chile, Costa Rica e Peru

Serra Talhada, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador tiveram projetos climáticos qualificados com o acompanhamento do ICLEI a partir de iniciativa da União Europeia, como uma das atividades do GCoM. Godoy Cruz, Peñalolén, La Unión, Jesus Maria e Independencia percorrerão o mesmo caminho até setembro.

30 de jun de 2023

Foi finalizado neste mês de junho o primeiro ciclo do projeto de treinamento e capacitação em financiamento climático para as Cidades Emblemáticas da América Latina do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia (GCoM Américas), uma iniciativa da União Europeia. Iniciado em janeiro, o projeto liderado pelo ICLEI América do Sul por meio da área de Finanças Verdes, com o apoio de diversas organizações de financiamento climático, contou com a participação de Serra Talhada, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador, que tiveram projetos qualificados. Nesta quarta-feira, 28, as cidades de Godoy Cruz (Argentina), Peñalolén, Independencia (Chile), La Unión (Costa Rica) e Jesus Maria (Peru) deram início às atividades do projeto e, até setembro, percorrerão o mesmo caminho das cidades brasileiras. 

 

 

Em seguida, de setembro a dezembro, será a vez das cidades de Paraná (Argentina), Santiago (Chile), Cartagena das Índias (Colômbia), Quito (Equador), Cidade do México e Zapopan (México) também participarem do ciclo de capacitações para elaboração de projetos climáticos financiáveis. Esse projeto faz parte do Training Support Facility (TSF), iniciativa do GCoM Américas em parceria com o ICLEI América do Sul, que visa auxiliar tecnicamente as cidades da América Latina. 

 

 

 

Mais sobre o primeiro ciclo


Representantes das quatro cidades brasileiras participaram de sete encontros, em que tiveram acesso aos seguintes conteúdos: finanças e crise climática; acesso a diferentes mecanismos de financiamento; desenvolvimento de projeto de ação climática; indicadores e fatores de monitoramento climático; como os projetos podem crescer em termos de escopo (escalabilidade, replicabilidade e criação de consórcios de projetos); e estágios de preparação de um projeto  com foco em factibilidade.

 

 

Durante a realização da capacitação, Belo Horizonte qualificou o “Plano de Manejo da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos”, que contempla proposta de restauração da área de um aterro sanitário desativado. Serra Talhada trabalhou com o projeto “Espaços Verdes”, que tem como foco a arborização e qualificação de espaços de comunidades vulneráveis e periféricas. Salvador tratou do projeto “Rede Municipal de Saúde Verde” para implantação do primeiro hospital verde e saudável da cidade. E o Rio de Janeiro avançou com o projeto “Infraestruturação do orçamento climático”, que integrará metas climáticas do Plano de Desenvolvimento Sustentável (PDS) da cidade aos investimentos e custos da Administração Municipal, traduzindo-as em ações financeiramente mensuráveis.

 

 

O primeiro ciclo de capacitação contou ainda com a mentoria dos seguintes especialistas: Johanna Granados, Conselheira de Resiliência de Cidades e Financiamento Climático do GCoM; Thomaz Ramalho, Consultor Técnico Sênior da GIZ; Priscila Negreiros, Gestora Sênior da Iniciativa de Política Climática da Cities Climate Finance Leadership Alliance (CCFLA); Kesia Braga, Gerente de Sustentabilidade e Economia da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE); Henrique Schmidt, Analista de Sustentabilidade e Economia da ABDE; Carlos de Freitas,
Consultor de Estratégia do Fundo Mundial para o Desenvolvimento das Cidades (FMDV); e Maria Clara Nascimento, Coordenadora de Cidades, Estados e Regiões do CDP Latin America. 

 

 

 

📝 Texto: Cibele Carneiro

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